Milênio Embalagens

O ideal é que a caixa de caixas de papelão Ondulado sempre fique completamente apoiada sob a base do palete. Embora os paletes mais comuns são os chamados “PBR”, que possuem 1000 mm x 1200 mm, existem diversas outras medidas, motivo pelo qual o projetista, seguindo as especificações do produto a ser embalado, otimize ao máximo as dimensões da embalagem para que elas não ultrapassem os limites da superfície do palete utilizado pelo cliente. Ao manter toda superfície da caixa apoiada na superfície do palete, conseguimos utilizar 100% do potencial de resistência a compressão da embalagem e, caso isso não seja possível, o material a ser utilizado deverá ser mais resistente para compensar essa perda ou o cliente deverá utilizar um palete maior, que proporcionará total apoio às embalagens.

Toda a caixa precisa ficar apoiada sob uma base rígida, pois a concentração de resistência a compressão da embalagem está em suas arestas verticais. Quando consideramos o modelo de caixa normal (código 0201), que é o estilo mais fabricado, 64 % de sua resistência à compressão está nas 4 arestas verticais, enquanto as laterais das caixas são responsáveis por apenas 36% da sua resistência.

Ao projetar uma embalagem que ultrapassa os limites da superfície do palete, é necessário levar em consideração o fato de que a caixa perderá cerca de 40% de sua resistência a compressão, motivo pelo qual deveremos aumentar da qualidade do caixas de papelão Ondulado utilizado na fabricação da embalagem, o que, por consequência, aumentará seu custo.

Para exemplificarmos essa situação, imaginemos uma caixa de caixas de papelão Ondulado que ao ser paletizada ficará com uma de suas laterais para fora da superfície do palete. Estas embalagens ficarão com duas arestas verticais sem apoio que representam 32% de resistência a compressão (16% em cada aresta). Há ainda uma lateral sem apoio, que representa mais 9% de sua resistência a compressão. Ou seja, ao deixa-las sem apoio, você perderá exatos 41% de sua resistência.

Outro ponto também pouco observado durante a paletização é o espaço entre as tábuas da superfície do palete. Mesmo que as embalagens não ultrapassem os limites da superfície, faz- se necessário que as arestas verticais da caixa fiquem apoiadas sob as tábuas, pois se ficarem sob seus vãos, não haverá apoio para dar resistência à compressão.

Outro fator muito importante é o tipo de empilhamento adotado pelo cliente, que pode ser “colunar” ou “trançado”. Embora este ultimo tipo “trave” as caixas, já que vão sendo empilhadas alternadamente, as arestas verticais não ficam alinhadas umas sob as outras (como uma coluna de uma casa) e, consequentemente, perdem sua resistência de empilhamento, sendo um dos efeitos mais comuns, o “abaulamento” da lateral da caixa de baixo exatamente no ponto onde encontra-se a aresta da caixa de cima. Para se evitar esses danos e obter um empilhamento mais eficiente que não danifica as laterais das embalagens, o indicado é realizar o empilhamento “colunar”, onde todas as caixas ficam alinhadas e suas arestas verticais formam uma “coluna” de resistência.

Podemos concluir que é de extrema importância que ao desenvolver uma embalagem de caixas de papelão Ondulado, devemos levar em consideração esses fatores para que não ocorra prejuízo tanto ao produto embalado, quando a embalagem que o protege. Normalmente essa é uma situação em que o projetista da embalagem tem por desafio, soluciona-lo da melhor forma, otimizando os espaços e fazendo com que todas as arestas da embalagem tenham apoio e não prejudiquem seu desempenho ou orientando o cliente para substituir seus paletes ou fazer arranjos de empilhamento que não danifiquem as embalagens.

Quaisquer dúvidas, entrem em contato com nossa equipe técnica. Estamos a sua disposição.

Artigo elaborado pela Milênio Industria de Embalagens, tendo como fonte principal a publicação: Pereira, Juarez – caixas de papelão Ondulado em artigos. Revisão 2014 – ABPO, p. 193 a 194.